Amigos de Farol:

terça-feira, 9 de março de 2010

Saneamento básico.

Como proposta principal o blog escolheu para seu tema a alavancagem na qualidade de vida dos cidadãos residentes em Farol de São Tomé. Vamos iniciar com um assunto muito delicado, pois traz a tona o maior problema enfrentado por toda a população Farolense, e também aos que de passagem ou ainda veranistas, trata-se da destruição da Laguna existente no entorno da praia. São muitos quilômetros de Laguna, que outrora era povoada por diversas espécies de peixes e outros animais e plantas aquáticos, nossa laguna deriva de córregos antigos da formação aluvial de nossa praia, nasce nas proximidades do Açú e deriva no Lagamar.  
Com o crescimento populacional da praia e a valorização dos imóveis costeiros ao mar, a saída de muitos cidadãos foi construir na área “loteada”onde estava a laguna, desse processo resultou que apenas uma pequena parte do ecossistema ainda existe, e, por razões óbvias está completamente assoreado e tomado por águas servidas de esgotos sanitários, fato este que além de haver depredado todas as espécies de peixes e plantas nobres daquele ecossistema afeta diretamente a todos os residentes naquela faixa de terras, as águas contaminadas emanam um odor fétido descabido para que seres humanos habitem a localidade.
A solução para o problema está na coleta e tratamento de todo e qualquer esgoto sanitário proveniente das localidades.
Então em outros anos passados foram questionados os governantes sobre a coleta e tratamento do dito esgoto e águas servidas e estes alegaram que o problema seria da empresa concessionária de águas.
Agora questionemos como cidadãos brasileiros: Se existem verbas e mais verbas provenientes dos cofres municipais para que se façam grandes festejos de verão, e aqui não estamos questionando a validade ou a necessidade dos eventos, questionamos sim se o governo municipal, primeira esfera recorrível por ser a que administra diretamente as verbas, e, ainda é o órgão que concedeu para a empresa concessionária de águas o direito de exploração comercial na localidade, este governo sim tem o dever de cobrança das devidas obras que são necessárias, igualmente, caso haja emendas contratuais que impossibilitem as mesmas obras de saneamento, o governo municipal, que também é co-responsável pelas construções indevidas, deveria de pronto construir a estação de tratamento de esgotos e toda a sua coleta, senão por questões estéticas, mais, e muito mais, pela questão humana, haja vista a necessidade URGENTE desta obra.
O blog passeia pelas ruas e olha sempre em volta, e questiona novamente, será que os custos de uma ETE com sua devida coleta seriam maiores que todos os investimentos até agora realizados?

2 comentários:

Graciete Santana disse...

Excelente abordagem sobre o tema que, embora pareça primário precisar falar disso em pleno séc.XXI, reflete a realidade em que vive muitos cidadãos em Campos, principalmente no Farol de São Thomé onde todos convivem com este atraso.
Isso não é qualquer coisa. A questão sanitária está ligada tanto a Saúde Pública como ao ´Meio Ambiente.
Tenho sido intrangigente na cobrança de saneamento básico para o Farol como também iniciei um trabalho de conscientização sobre o que isto representa para a população local.
Saudações
Graciete Santana

TEQUILA E AFINS disse...

A questão de saneamento básico é de ampla relevância, pois se estende por toda a cidade, vale dizer que no meu bairro, Joquey II não existe tratamento de esgoto, todas as casas têm fossas, muitas delas transbordando, o que coloca em risco a saúde das pessoas. Já assisti crianças expostas a essa realidade.
É uma vergonha que uma cidade tão rica, trata esse tema com tanta negligência. Ora, antes de investir em obras de grande engenharia como o sambódromo, poderia priorizar melhores condições de saneamento e qualidade de vida para os cidadãos que pagam impostos e são eleitores.
Parabéns pelo post,
Leandro Tavares.